terça-feira, 15 de novembro de 2011

Hidrostática

O que é ?
A hidrostática é a parte da física que estuda os líquidos e os gases em repouso, sob ação de um campo gravitacional constante, como ocorre quando estamos na superfície da Terra.
As leis que regem a hidrostática estão presentes no nosso dia-a-dia, por exemplo, na água que sai da torneira das nossas residências, nas represas das hidrelétricas que geram a energia elétrica que utilizamos e na pressão que o ar está exercendo sobre nós.

Ao estudar hidrostática é de suma importância falar de densidade, pressão, Princípio de Pascal, empuxo e o Princípio Fundamental da Hidrostática.
Para entender essas leis, é preciso compreender primeiramente o conceito de pressão.


Pressão

Pressão é um dos conceitos mais importantes para desenvolver o estudo da hidrostática.
A pressão é a força a que um objeto está sujeito dividida pela área da superfície sobre a qual a força age. Definimos a força aqui como sendo uma força agindo perpendicularmente à superfície.


De acordo com o Sistema Internacional de Pesos e Medidas, a unidade de medida da pressão é o pascal (pa), mas é muito comum usar-se também a atmosfera (atm)e o milímetro de mercúrio (mmHg).



Pressão hidrostática

Ao mergulharmos em uma piscina, a água irá exercer uma pressão sobre nós. Quanto mais fundo mergulharmos, maior será essa pressão.


Agora, imagine que o líquido contido pela piscina não seja água, mas outro mais denso.

Nessa situação, a pressão vai aumentar, pois o peso do líquido sobre nós também será maior. E, se estamos falando de peso, é porque a força da gravidade, que o compõe, influencia a pressão exercida pelo líquido, também chamada de pressão hidrostática.

A partir disso, é possível concluir que a pressão hidrostática depende da profundidade, da densidade do líquido e da gravidade local.

A pressão hidrostática é determinada pela seguinte expressão matemática:


Onde:
  d é a densidade do liquido
  g é a aceleração da gravidade
  h é a profundidade



Pressão atmosférica
Quando falamos em presão atmosférica, estamos insinuando a pressão exercida pelo peso de ar que paira sobre nós. O ar na atmosfera alcança uma altura enorme. Logo, mesmo que a sua densidade seja baixa, ele ainda exerce uma grande pressão:
 
Pressão atmosférica no nível do mar:    1,013 x 105  Pa           [1.3]

Ou seja, a atmosfera exerce uma força de cerca de 1,0 x 105 N em cada metro quadrado na superfície da terra! Isto é um valor muito grande, mas não é notado porque existe geralmente ar tanto dentro quanto fora dos objetos, de modo que as forças exercidas pela atmosfera em cada lado do objeto são contrabalançadas. Sómente quando existem diferenças de pressão em ambos os lados é que a pressão atmosférica se torna importante.

Um bom exemplo é quando se bebe utilizando um canudo: a pressão é reduzida no alto do canudo, e a atmosfera empurra o líquido através do canudo até a boca.


 Conceito Pressão e fenômenos físicos
O conceito de pressão nos permite entender muitos dos fenômenos físicos que nos rodeiam. Por exemplo, para cortar um pedaço de pão, utilizamos o lado afiado da faca (menor área), pois, para uma mesma força, quanto menor a área, maior a pressão produzida.




 Experimentos – Curiosidades :

 
Pressão hidrostática  
Material

     
Agulha.
     
Tesoura.
     
Garrafa de plástico.
     
Tabuleiro.
 
Compostos

     
Água.
     
Groselha.
 






Procedimento

     
1. Corta o topo da garrafa de plástico.

     
2. Faz três buracos na garrafa com a ajuda da agulha. (os buracos não devem estar sobre uma mesma direcção. Isto porque, quando deixar de sair o jacto do primeiro buraco, a água que sai deste pode influenciar os outros jactos posteriores)

     
3. Adiciona groselha à água. (a adição de groselha à água é feita para tornar mais fácil a visualização do efeito)

     
4. Enche a garrafa de água com groselha.

     
5. Observa a variação da intensidade dos jactos de água consoante a sua altura.
 
O porquê?
A intensidade dos jactos de água varia com a profundidade. Esta experiência lembra um dos problemas dos mergulhadores. Um mergulhador que desça até uma profundidade apreciável, quando vem à superfície, tem de ir para uma câmara de despressurização. Se não o fizer sujeita-se a morrer porque o corpo humano não aguenta variações de pressão tão elevadas.
Quando mergulhamos debaixo de água, a pressão aumenta com a profundidade, à medida que aumenta o peso de água que empurra o nosso corpo. Este principio, da pressão hidrostática, é demonstrado pela equação seguinte:
onde P0 é a pressão atmosférica, a densidade da água, g a gravidade, h a profundidade e P a pressão sentida a essa profundidade.
A variação da pressão hidrostática com a profundidade é demonstrada pela experiência realizada. Os buracos mais baixos dão um jacto de água mais forte do que os de cima. À medida que o nível de líquido vai baixando, a intensidade de todos os jactos vai baixando. Esta experiência serve como prova de que a pressão num líquido aumenta com a profundidade.




2ª) Se você encher um copo de água e colocar um papel tampando sua boca e emborcar o copo de cabeça para baixo, o papel não cairá, segurando a coluna de água dentro do copo. Isso acontece porque a pressão atmosférica é maior que a pressão da coluna de água, fazendo com que surja uma força vertical para cima que sustenta o papel.




3ª) Para que o azeite saia com facilidade da lata, você deve fazer dois furos na lata. Um para o azeite escoar e o outro para que a pressão atmosférica empurre o azeite para baixo. Se você fizer um furo apenas, acontecerá a mesma coisa que aconteceu com o copo de água na experiência anterior. A pressão atmosférica sendo maior que a coluna de azeite dentro da lata, não deixará o azeite escoar.





quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Salto em Distância

SALTO EM COMPRIMENTO



A Técnica do Salto em Comprimento



CARACTERÍSTICAS E PROBLEMAS DA TÉCNICA DO SALTO EM COMPRIMENTO



CARACTERÍSTICAS DE UM BOM SALTADOR















VELOCIDADE + FORÇA DE IMPULSÃO + TÉCNICA
FLEXIBILIDADE ESPECÍFICA CORRIDA DE BALANÇO
CONDIÇÃO FÍSICA IMPULSÃO
DESTREZA FASE DE VOO
SENTIDO RÍTMICO QUEDA

No ponto de vista da técnica não tem havido grandes alterações desde há muitos anos. Já os saltadores do princípio do século utilizavam juntamente com a técnica do salto engrupado simples, o salto em extensão e o   salto de corrida nas diversas prestações individuais. A exigência de movimentos livres, principalmente durante    o voo, depois de uma elevada velocidade da corrida de balanço bem como na impulsão, levaram ao aparecimento da técnica do « hitch kick », através da qual, durante o voo, se prepara uma queda favorável.

O aumento da força física, descontracção e velocidade bem como o aperfeiçoamento cada vez maior, dos locais de salto, conduzirão no futuro, ao melhoramento das marcas.

Cada uma das fases da técnica  do salto em comprimento resulta, por isso, em grande escala dos elementos da condição física.

O salto em comprimento é composto por corrida de balanço, impulsão, voo e queda. A corrida de balanço é em todas as técnicas de salto em comprimento uma corrida de velocidade em progressão com partida de pé.

A frequência e a amplitude da passada  da corrida de balanço aumenta até à preparação da impulsão; o tronco do saltador ergue-se, neste caso, gradualmente. Durante as últimas três a cinco passadas ( marca intermédia 3), o saltador prepara a transferência da corrida de balanço ( velocidade horizontal ) para a impulsão ( velocidade vertical ). Aqui será importante que a velocidade não diminua. A penúltima passada é mais longa do que a anterior  e do que a última em cerca de 20 a 30 cm. Assim, o centro de gravidade do corpo desce um pouco e a força de impulsão vertical aumenta ( fig 1 ).

Com velocidade reduzida, a penúltima passada não é contudo vantajosa, sendo, principalmente, um abrandamento nas últimas passadas, antes da tábua, incorrecto e levando a um retrocesso no rendimento. Nas últimas três a cinco passadas, os joelhos sobem um pouco acima co normal, de forma que o tronco se encontre numa atitude favorável.

(fig 1)

1 - Velocidade de voo do centro de gravidade do corpo

2 - Componente horizontal

3 - Componente vertical

4 - Velocidade da corrida de balanço

5 - Velocidade de impulsão

6 - Redução da velocidade

Ângulo de voo (18º a 22º)

Ângulo de impulsão (70 a 100º )




(fig 1)

Direcção da força de impulsão no salto em comprimento



A impulsão ( ver fig 2 ) demora, nos bons velocistas, de 0,12 a 0,13 segundos. Esta fase, tecnicamente importante, deve ser por isso bem examinada. Ela compõe-se de:

1 - Apoio da perna de impulsão

2 - Fase de amortização

3 - Movimento de impulsão


(fig2)

Comportamento na impulsão

O saltador apoia rapidamente a sua perna de impulsão, quase completamente esticada, na tábua de chamada; o tronco encontra-se ligeiramente inclinado para trás. Uma torção mínima do tronco ( braço do lado da perna de impulsão e a perna de balanço encontram-se atrás do tronco, o braço flectido do lado da perna de balanço para a frente ) e uma atitude erecta do tronco garantem uma mudança ideal da velocidade da corrida de balanço para a velocidade da impulsão.

A exigência biomecânica diz que o saltador em comprimento deve « atingir de forma óptima o centro de gravidade do corpo ». Neste caso, a direcção da força de impulsão (ver fig1)  e da curva de voo do centro de gravidade do corpo (ver fig2) devem aproximar-se o mais possível. Assim, coloca-se imediatamente a questão de qual a melhor técnica a utilizar: técnica de extensão ou salto de corrida?

Na impulsão surgem rotações em volta dos três eixos do corpo. Neste contexto é interessante a rotação em volta do eixo transversal. O ideal seria « um encontro bem no centro de gravidade do corpo », neste caso não resultariam quaisquer rotações. Para um saltador que se aproxime deste ideal de salto torna-se supérfula uma discussão acerca das melhores variantes da técnica, pois o saltador, uma vez no ar, não tem qualquer possibilidade de influenciar a curva do centro de gravidade do corpo. Uma impulsão incorrecta, sem dúvida que não pode ser equilibrada durante o voo e as más quedas só podem ser melhoradas através de um aperfeiçoamento da impulsão. Os movimentos, durante a fase de voo, servem simplesmente para manter o equilíbrio e preparar uma boa queda.

Uma vantagem de uma ou outra técnica não foi ainda comprovada completamente. A decisão pela técnica de extensão ou pela técnica de corrida depende consideravelmente das capacidades individuais, principalmente da condição física do saltador.

Na fase de amortização  é preparada a impulsão. O pé de impulsão desenrola-se sobre toda a planta; a perna de impulsão está um pouco flectida ( até cerca de 150º ) e é ultrapassada pela perna de balanço, enquanto os braços executam movimentos alternados, opostos às pernas. Importante nesta fase é manter o tronco direito e permanecer com o olhar dirigido para a frente. Aqui é frequente observarem-se erros, os quais são visíveis não só em principiantes como também em atletas evoluídos.

O movimento de impulsão inicia-se com a extensão das articulações do joelho e do pé da perna de impulsão. A coxa da perna de balanço alcança quase a horizontal, enquanto a parte inferior pende verticalmente. O tronco encontra-se direito; uma ligeira inclinação para trás não é, de forma alguma, incorrecta. Os braços auxiliam o movimento de impulsão (respectivamente para a frente e para cima; para trás e para cima). Se o saltador, durante a impulsão, elevar os ombros, o movimento dos braços será, de repente, travado, resultando assim uma transferência favorável das forças de balanço, que é a condição prévia mais importante para um bom rendimento de salto. Os movimentos do corpo, na fase de voo, servem para a sua estabilização e para a preparação da queda.

Distinguem-se três técnicas principais no salto em comprimento: salto de passada, salto em extensão e salto de corrida ( também chamado «Hitch-kick»).

No salto de passada a perna de impulsão vai para trás e para cima, a coxa bem para a frente (ângulo na articulação do joelho de cerca de 90º). Esta posição deve durar o maior tempo possível. Os movimentos dos braços estabilizam o voo, sendo elevados na maioria das vezes, da frente e de cima para trás e para baixo, em semicírculo. O tronco que está direito, mais tarde, para a queda, inclina-se para a frente, após a perna de impulsão ter sido lançada para a frente e a articulação do joelho da perna de balanço ter sido estendida. Na maior parte dos casos, os braços encontram-se atrás do corpo.

Na técnica de extensão o saltador baixa o joelho da perna de balanço até à coxa e a perna formarem um ângulo de 90º. Simultaneamente, a perna de balanço é lançada para a frente sob o tronco; o saltador « ajoelha-se no ar » (ver fig 3). A bacia « puxa » o salto, e a queda é preparada através desta pré-tensão. Esta posição de suspensão é mantida até cerca de metade da parábola da linha de voo, em que os braços se movimentam para trás em forma de arco. A queda é iniciada pela tracção para a frente simultânea das coxas, inclinação do tronco e extensão frontal dos braços. Com a elevação da perna termina  a preparação da queda (ver fig3)


(fig 3)

Fases principais do movimento «técica de salto em extensão»

Na técnica de corrida ( «hitch-kick» ), a perna é energicamente elevada para a frente e para cima. De acordo com a configuração desta fase de voo são executadas de uma e meia até três e meia passadas de corrida em saltos nos 7.50 metros. A perna de impulsão estendida é levada para trás do tronco, bem dobrada, enquanto a perna de balanço oscila para a frente. Neste caso, a coxa eleva-se quase paralelamente ao solo com a perna suspensa. As passadas de corrida são acompanhadas pelo movimento oposto, circular dos braços. O tronco encontra-se um pouco inclinado para trás e só na queda é que é projectado para a frente.

É agora importante que a perna de balanço seja mobilizada ao extremo, simultaneamente esticada e longamente balançada, de forma que o momento de inércia tenha a maior duração possível (ver fig 4).


(fig 4)

Movimeto de «Hitch-kick»

Pouco antes da queda, os braços apontam verticalmente para baixo; as pernas estendidas estão, entretanto fixas. Nesta variante da técnica é importante que o movimento de corrida no conjunto, durante a fase de voo, se desenvolva a partir da bacia (ver fig 5).


(fig 5)

Fases principais do movimento «técnica do salto de corrida»

Por estas e por outras razões, o trino da técnica do salto de corrida com as suas variantes é encarado como especialização e devia ser mais trabalhado apenas pelos saltadores mais avançados a partir do salto de passada. A única diferença marcante entre a técnica em extensão e o «hitch-kick» consiste no facto de na primeira os braços e as pernas se movimentarem como uma alavanca à volta do eixo transversal, enquanto que, na segunda, isto sucede alternadamente. Em ambos casos a velocidade de torção é retardada para facilitar ao saltador a projecção das pernas para a frente na queda.

A queda é feita nas três técnicas de salto de forma que lembra uma navalha quando se fecha. O contacto com o solo, numa atitude quase sentada, é mais conveniente do que com as pernas esticadas. O saltador, logo após ter tomado contacto com o solo, amortece a queda e lança a bacia para a frente. Lançar o corpo lateralmente ajuda a evitar a queda de costas e é, por isso, correcto como movimento de apoio.

Video de Maurren Higa Maggi uma saltadora brasileira que tornou-se o maior nome da história do atletismo feminino do Brasil .

 





O SALTO COM VARA










A Técnica do Salto com Vara


O desenvolvimento das varas de fibra de vidro não só levou a um enorme aperfeiçoamento da técnica como também a uma mudança decisiva. As varas flexíveis permitem, sobretudo, uma maior altura de pega; a corrida de balanço e a impulsão tornam-se, desta forma, decisivas para os parâmetros de aplicação prática. Juntamente com a técnica., o tipo de saltador com vara também se modificou: a variedade deve ser completada através de excelentes qualidades de sprint ( os melhores do mundo correm em 10,5 segundos e mais rápido os 100 metros ) 

Os Parâmetros de aplicação prática no salto com vara são a condição física e a técnica.

As partes principais da condição física são:

Velocidade na corrida de balanço

Força de impulsão

Força dos braços e do tronco

Destreza e elasticidade de salto

Sentido de Movimento

As partes principais da técnica são:

- Corrida de balanço e impulsão com movimento de encaixe

-Flexão da vara e fase de enrolamento ( pêndulo )

-Extensão e rotações

-Fase da perda de contacto com a vara e transposição da fasquia

-Queda

As opiniões divergentes acerca da técnica ideal estão de acordo num ponto e é no que diz respeito as qualidades físicas do saltador, pois a técnica do salto com vara está principalmente dependente das leis biomecânicas, que acompanham o salto com vara flexível. Pesquisas científicas e análises feitas por computador nos últimos anos fornecem dados pormenorizados acerca da técnica ideal. Neste caso têm de ser observadas algumas condições básicas biomecânicas.

Em cada fase de salto, o saltador tem uma tarefa principal:

Corrida de balanço - Alcance da máxima velocidade horizontal

Encaixe - Transmissão ideal da energia para a vara

Impulsão - Transformar a velocidade horizontal em velocidade vertical

Enrolamento (pêndulo) - Manter a flexão o maior tempo possível

Tracção com os braços - A energia armazenada é transferida para os braços

Extensão - Manter o centro de gravidade do corpo junto à vara

Transposição da fasquia - Deslocação favorável dos centros de gravidade de cada uma das partes do corpo




1º - Corrida de Balanço e Impulsão



A velocidade de corrida de balanço juntamente com o encaixe e a impulsão pertencem aos parâmetros mais importantes. Por conseguinte, na corrida de balanço deve obter-se a maior velocidade possível, mas controlada, bem como a preparação do encaixe e a regulação da impulsão.

O comprimento da corrida de balanço encontra-se dependente da capacidade de aceleração do saltador; ela vai até cerca de 35 a 45 metros. Os componentes da velocidade são a amplitude e a frequência da passada. No início da corrida de balanço tem importância a elevação da amplitude da passada, depois da frequência da mesma, na qual a amplitude é mantida ou até um pouco aumentada. As marcas intermédias servem para o controlo do ritmo da corrida de balanço ( ver figura 1 ).

(

( fig 1 )



A posição do corpo e a forma de pegar na vara podem variar de atleta para atleta. A velocidade máxima é importante na impulsão com o centro de gravidade do corpo elevado. Por isso, no início, a vara encontra-se acima da altura da cabeça, sendo baixada lentamente nos últimos metros.




( fig.2 )



A largura da pega orienta-se segundo a altura e o peso da vara, variando entre 50 centímetros e um metro. A posição de pega é mostrada nas fotografias 3,4,e 5, ambos os braços estão flectidos ( cerca de 90º ).



                        

          

                                                                  ( fig. 3 )                                       ( fig. 4 )                                         ( fig. 5 )

Um encaixe bem efectuado e uma posição de impulsão correcta são especialmente importantes ( fig.2 ). Após o baixar da vara ( mais ou menos cinco passadas antes da impulsão ), três passadas de impulsão, a mão direita é levada para junto da bacia. O braço esquerdo é estendido , a extremidade da vara aponta para a caixa de encaixe, enquanto o ombro direito retrocede. Na penúltima passada, a mão direita é elevada bem junto ao corpo; assim, a mão gira a vara em volta do deu eixo vertical. No apoio da perna esquerda e, por conseguinte, a perna de impulsão, a vara encontra-se directamente diante do saltador ( fig.6 ); a extremidade da vara é colocada no canto esquerdo da caixa de encaixe. Aúltima passada é um pouco mais pequena do que a anterior ( à volta de 15 a 20 centímetros )


( fig. 6 )

Esta importante fase deve ser efectuada com exactidão, uma vez que o saltador do último ponto de controlo da corrida de balanço até à impulsão dispõe de um tempo de apenas 0,6 segundos para formar o importante sistema «saltador-vara», o qual irá influenciar decisivamente os movimentos que se seguem. O movimento de impulsão pode ser comparado com o do salto em comprimento. O local de impulsão encontra-se a cerca de 15 a 25 centímetros à frente da vertical, resultante da projecção da altura da pega (mão direita) para o chão.

A perna de impulsão apoia-se sobre a planta do pé para impedir uma travagem, encontrando-se esticada , ligeiramente flectida. O braço esquerdo encontra-se flectido e forma com o cotovelo um ângulo de 90 graus. Após a impulsão, o braço esquerdo é pressionado contra a vara enquanto o direito executa o movimento para a frente e para baixo. A vara começa a curvar-se. As mãos na vara e o centro de gravidade do corpo constituem o « triângulo de tensão» importante para a flexão ( fig.7)


( fig. 7 )



2º - Flexão da vara e fase de enrolamento ( pêndulo )



O objectivo da flexão é o armazenamento  da energia potencial na vara (ver figura 9). O centro de gravidade do corpo encontra-se baixo, possibilitando um rápido movimento para a frente. O centro de gravidade do corpo, impelido para a frente, e o braço esquerdo fixado, impedindo a aproximação do tronco da vara, actuam muito rapidamente, de forma que a flexão  da vara aumenta até atingir  o máximo ( ver figura 2, momemto 3 ). 

Ao «longo pêndulo» sucede um movimento de balanço activo das pernas e um rápido «enrolamento» da bacia. Aqui, o centro de gravidade do corpo deve ser levado o mais possível para trás.

Mais uma vez, é importante penetrar  no âmbito da biomecânica. O movimento de enrolamento significa uma diminuição do raio de balanço. Por conseguinte, o aumento de inércia da rotação diminui e aumenta a velocidade angular. O centro de gravidade do corpo é acelerado, aumentando assim, a flexão da vara. A elevação da velocidade angular do centro de gravidade do corpo dura, mais ou menos, até ao movimento em que o saltador se encontra  com as costas na horizontal ( ver figura 9 ). 

A aceleração seguinte torna-se negativa , a pressão sobre a vara cessa de forma que ela começa a endireitar-se.

                       

                                              ( fig. 8 )                                                                 ( fig. 9 )



3º - Extensão e Rotação



Na fase de extensão da vara  ( ver figura 10 ) é importante  para o saltador  um aproveitar eficaz desta para a elevação. Primeiro as pernas, e depois a bacia, ultrapassam a vara . O saltador assume uma posição angular. 

O centro de gravidade do corpo é trazido numa posição vertical para uma posição determinada atrás da vara. Através da sua extensão, a vara arrasta o corpo com ela. Na extensão que se segue, a cabeça  é inclinada para o peito,  executando uma rotação em volta do eixo vertical. Estes movimentos devem ser iniciados o mais tarde possível, ou seja quando a extensão da vara estiver quase terminada.


( fig. 10 )



4º - Rotação e transposição da fasquia



Os seguintes movimentospara a transposição da fasquia  devem ser executados rapidamente e habilmente, nos quais as pernas devem permanecer o mais unidas possível ( ver figura 11, momento 1 ). O braço esquerdo deixa de se apoiar na vara e o ombro direito é trazido com o empurrar do braço direito para cima da altura da mão direita. Esta posição da mão na vara ( ver figura 12 ), ou seja a obtenção de altura a partir  da altura da pega (mão superior) para o centro de gravidade do corpo, é uma característica importante de uma boa técnica.

Após o largar da vara  com a mão direita, os pés passam  a fasquia. Então o corpo adquire uma posição curvada ou angular. Esta posição de «navalha» possibilita uma deslocação dos centros de gravidade das diferentes partes do corpo ( ver figura 11, momento 2 ).




( fig.11 )



5º - Queda

A queda dá-se sobre as costas.






quarta-feira, 1 de junho de 2011

O equilíbrio dos Corpos


O equilíbrio dos corpos é mais comum no nosso cotidiano do que podemos imaginar. Os móveis do seu quarto, as edificações e você mesmo, agora, lendo esse texto, estão submetidos a um conjunto de forças que estão se cancelando e contribuindo para o estado de equilíbrio.

A estática é a área da mecânica que estuda o equilíbrio dos corpos e pode ser dividida em duas partes: a estática do ponto material e a estática do corpo rígido.
 

O que é ?
Considerado essencial em muitos aspectos da nossa vida, o equilíbrio é uma barreira à ocorrência de processos físicos e biológicos e, em última instância, ao próprio surgimento dos seres vivos.


Do ponto de vista físico, o equilíbrio está relacionado com o fato de um objeto ou sistema manter suas propriedades inalteradas ao longo do tempo.
Em nosso cotidiano, é muito comum ouvirmos que é necessário ter equilíbrio em tudo. Essa recomendação surge, por exemplo, em programas de televisão, principalmente aqueles relacionados a autoajuda, saúde, dietas etc.
Na área esportiva, comentaristas falam que é preciso equilíbrio entre o ataque e a defesa nos times de futebol, senão a equipe pode ficar vulnerável durante as partidas que disputa.
Os economistas, por sua vez, afirmam que o equilíbrio entre receitas e despesas no orçamento do governo é fundamental para a estabilidade econômica. Já os políticos pregam o equilíbrio de forças militares entre países vizinhos para que não ocorram guerras.
O equilíbrio é mesmo necessário?
O conceito de equilíbrio está relacionado ao fato de um objeto (ou sistema) se manter constante, inalterado. Ou seja, seus parâmetros físicos não mudam com o tempo, não evoluem.
Quando temos um carro parado em uma rampa, por exemplo, várias forças estão aplicadas sobre ele, como a da gravidade, a força de atrito entre os pneus e o chão, a força que o freio exerce para evitar que as rodas se movimentem e a força de contato do carro com a superfície (chamada de força normal). Essas forças se equilibram de tal forma que o carro permanece parado.


Um carro parado em uma ladeira sofre a ação de diversas forças que se equilibram.
Outra situação é a do equilíbrio térmico, quando dois corpos estão na mesma temperatura. Ao usarmos um termômetro clínico para medir a temperatura do nosso corpo, aguardamos alguns minutos para que o termômetro entre em equilíbrio térmico com o corpo e depois realizamos a leitura da temperatura.
Estudar objetos da natureza em condições próximas à de equilíbrio é mais fácil do que quando eles não estão nessa situação. Da mesma maneira, é mais fácil entender o comportamento das pessoas quando elas estão física e emocionalmente equilibradas. Lidar com mudanças bruscas de comportamento é mais difícil, assim como prever as propriedades dos sistemas quando eles saem bruscamente do equilíbrio.
Mas a ocorrência de desequilíbrios é a responsável pela modificação dos sistemas. E justamente quando isso acontece é que as coisas podem se tornar interessantes.





 
 •Centro de gravidade e equilíbrio do corpo humano

 Ao fazermos a análise do movimento de um conjunto de corpos ou do movimento de um objeto extenso (objeto que não pode ser considerado uma partícula) podemos verificar a existência de um ponto que tem um comportamento muito especial. Esse ponto é chamado de centro de massa e é bastante útil no estudo dos movimentos dos sistemas de corpos.

O experimento tem como objetivo básico ilustrar, de uma forma bem divertida, o centro de gravidade do corpo humano.

-Algumas experiências



Quando estamos parados é fácil levantarmos os calcanhares. No entanto, fique de pé bem próximo à parede, e então tente levantar os calcanhares. Provavelmente verá que não é possível levantá-los.

Elevamos com facilidade nossa perna quando estamos soltos e em pé. Como parte do experimento, encoste o ombro em uma parede e tente levantar a perna mais afastada, mantendo a mesma posição inicial. Essa experiência, como a experiência anterior, mostra que o equilíbrio exige um certo deslocamento do corpo para que se mantenha na vertical, passando pelo centro de gravidade e pela base de apoio do corpo.








Como parte do experimento, tente tocar com as mãos os seus pés, sem curvar os joelhos. Parece muito fácil, mas agora encoste as costas na parede, e tente novamente tocar com as mãos a ponta de seus pés, lembrando que o corpo deve estar junto à parede. Provavelmente não conseguirá, ou seja, você tende a cair.
Podemos dizer que as mulheres possuem, em geral, o centro de gravidade em um posicionamento diferente do posicionamento do centro de gravidade dos homens. Veja como isso é verdade realizando a experiência que prova que uma mulher tem mais facilidade de ajoelhar-se com as mãos para trás e derrubar uma caixa de fósforos com o nariz sem cair. Os homens não conseguem realizar a mesma experiência sem cair, pelo fato de o seu centro de gravidade estar mais alto que o das mulheres.

Sabemos que as forças internas não afetam o movimento do centro de massa de um sistema. Dessa forma, a série de experimentos listados acima toma como base a ideia de que um corpo tende a ficar equilibrado quando tem o centro de gravidade um pouco abaixo do eixo de rotação. Caso peçamos a uma pessoa para tentar tocar os pés com as mãos sem dobrar os joelhos, para que a mesma não venha a se desequilibrar ou até mesmo cair para frente, a parte traseira do seu corpo tem que sofrer um deslocamento na linha horizontal para trás, tentando manter a vertical passando pelo centro de gravidade.




 • Tipos de equilíbrio de um corpo
Considere uma placa de centro de gravidade CG seja suspensa pelo ponto O (fig.1). Na posição de equilíbrio, as forças que agem na placa são o peso P, aplicado no centro de gravidade CG, e a força de suspensão F, aplicada em O. nessas condições, F e P devem ser opostas. Para isso, o ponto de suspensão O e o centro de gravidade CG devem pertencer à mesma reta vertical (fig.2).


Deslocando-se ligeiramente a placa da posição de equilíbrio, girando-a em torno de O e abandonando-a em seguida, ela tende a retornar à posição original. Nesse cão dizemos que o equilíbrio é estável (fig.3).




No equilíbrio estável o centro de gravidade CG está abaixo do ponto de suspensão O.
Se o centro de gravidade estiver acima do centro de suspensão, o equilíbrio é instável (fig.4). Deslocando-se ligeiramente a placa da posição de equilíbrio, girando-a em torno de O e abandonando-a em seguida, ela de afasta ainda mais da posição de equilíbrio (fig.5).




Quando o centro de gravidade coincide com o ponto de suspensão, o equilíbrio é indiferente, pois, afastando-se a placa de posição de equilíbrio, girando-a em torno de O, ela permanece em equilíbrio na nova posição (fig.7).







- Curiosidades e entrevista  

 Em busca de equilíbrio

Nesses trechos vamos encontar pessoas que praticam exercícios que mechem diretamente  com o equilíbrio do corpo.

 O equilibrista começa o número. Pé ante pé, avança sobre o fio pendurado nas alturas. Um segundo de desatenção, uma tremida de nervosismo, um vento que sopre mais forte... e ele despencará no chão. Mas o artista segue em frente, os braços abertos buscando o eixo. Lentamente, chega ao fim. A plateia solta a respiração e aplaude aliviada: ele venceu a corda bamba.

Seja vista no circo, seja pela TV, essa cena está no imaginário de todos. E representa bem uma tarefa na qual empenhamos grande esforço desde muito pequenos: a busca pelo equilíbrio. Ainda bebês, lutamos contra a inexperiência de nossas pernas, ainda meio tortas, para conseguir ficar de pé. Depois ousamos dar um passo, caminhar. Assim que possível, queremos correr. Mais tarde, chega o desafio da bicicleta – sem rodinhas!

Amadurecemos, e o grande desafio passa a ser não mais o equilíbrio do corpo, mas o da mente. São tantas coisas demandando nossa atenção que parece impossível cuidar bem de todas elas. É preciso estudar, ser um profissional competente, encontrar o grande amor, preservar os amigos, dedicar-se à família, cuidar da alimentação, praticar esportes, cavucar tempo para se divertir...

Podem parecer searas bem distintas, mas muita gente já descobriu que, para ajudar a  manter o balanço emocional, um bom caminho pode ser treinar o equilíbrio físico. A concentração exigida pelo segundo afasta o estresse e dá serenidade para organizar a mente. No fim, a cabeça equilibra o corpo, como comprovam as histórias a seguir.

 •Surfe no metal
 Uma corrente de ferro atravessando a passagem nem sempre é um aviso pra manter distância. Para Paulo César Galdino de Carvalho, o PC, de 30 anos, de São Paulo, pode ser um convite para testar os limites do equilíbrio. Há 13 anos ele pratica um misto de arte circense e esporte urbano chamado surfe de corrente. PC sobe no metal como se fosse uma corda bamba, mas, em vez de caminhar sobre ela, balança de um lado para o outro. Esse é o movimento básico. Quando quer aumentar a dificuldade, ele fica em um pé só, joga malabares ou balança tão forte que parece que seus pés vão decolar. “Você quer ir cada vez mais longe. É um desafio permanente”, conta.

PC conheceu o surfe de corrente vendo seus vizinhos praticá-lo. Hoje, ele é uma referência na cidade. Há seis anos, foi convidado por uns amigos a fazer uma apresentação na praça Aprendiz das Letras (essa que aparece na foto acima). Lá, toda segunda-feira, uma turma se encontra para praticar artes circenses, como andar sobre monociclos e fazer malabarismos com claves e argolas. Atendendo a pedidos, logo as exibições se transformaram em oficinas. “Hoje nem consigo mais treinar nos encontros, pela quantidade de surfistas que aparecem”, orgulha-se. Ao ver os pupilos se arriscarem, ele relembra seu processo de aprendizado. “Até dominar a corrente, leva tempo. É preciso conhecer e respeitar os próprios limites”.
•Magrela dose dupla


Quando ele passa, todo mundo se vira para olhar. É o paulistano Carlos Augusto Gallo Jr., o Gallo, de 27 anos, que pedala pela metrópole no alto de sua bicicleta de dois andares. A estranha magrela ele mesmo montou, depois de ver uma parecida desfilando pela rua. Encantou-se, pediu a ajuda do pai, habilidoso na arte da soldagem, e montou a própria. Já está no segundo modelo: “A primeira era muito instável. Em qualquer vala que eu passasse, levava um tombo”, conta. Cair de costas de uma altura de 1,60 metro não é experiência agradável, mas Gallo não desistiu. Desenhou um novo modelo, que já tem cinco anos.

Desde então, pelo menos uma vez por mês ele dá uma longa passeada com a bike gigante: Gallo é presença certa nas Bicicletadas – encontros realizados nas últimas sextas-feiras de cada mês, em São Paulo, para reivindicar melhores condições para os ciclistas circularem pela cidade. Se precisar pegar a estrada, ele não se intimida: pedalando nas alturas, já percorreu 260 km até Ubatuba, no litoral.

Você pode estar se perguntando: como é que ele faz para montar? “No começo, eu subia em alguma coisa alta e depois pulava para a bicicleta. Mas logo peguei o jeito. Agora basta dar um impulso do chão e já estou lá em cima”, explica – mas só vendo para entender o mistério. Até atingir esse grau de domínio sobre o corpulento veículo, Gallo aprendeu a controlar a si mesmo e a saber qual era a melhor forma de se colocar para não cair. Aos poucos, foi ganhando confiança.


 


•  Questão de postura



Uma a uma, as posições se sucedem. Tem a da montanha, a da vela, a do herói... Algumas são mais fáceis, outras mais complicadas de executar – e, principalmente, de manter. Mas a carioca Diamantina Silva Reigas, de 83 anos, não se intimida. “Faço todos os movimentos dentro das minhas possibilidades. Se não consigo, paciência, o professor me passa outro exercício em substituição”, conta.



 • A mentira do equilibrio. Pulseiras Power Balance

 

 

 

 

Prometendo flexibilidade, força e equilíbrio, as pulseiras do equilíbrio, ou Power Balance chegaram ao Brasil fazendo sucesso com fama de milagrosa. A verdade é muito diferente do que o prometido.
A explicação parecia ser simples. O holograma era o responsável pela “mágica”. Segundo o inventor, o holograma traz dentro dele freqüências que reagem com o corpo humano e equilibram a energia da pessoa, trazendo flexibilidade, força e equilíbrio. Mas afinal, isso é verdade ?
Encontrada por diversos valores, a Power Balance fez fama principalmente pelo uso diário entre atletas. Shaquille O’Neill, do basquete, o piloto Rubens Barrichello, a ciclista Willow Koerbere outros.
Em busca da verdade, o Detetive virtual foi atrás de explicações.
Marco Moriconi, doutor em física teórica, disse: “A gente está numa sopa de radiação. Luz do sol, sinal de televisão, celular. Se a gente fosse ver todas as frequências, ia ser um emaranhado louco aqui. Do ponto de vista físico, eu não vejo, absolutamente nenhum fundamento”
Ricardo Forneris Jr,  especialista em holografia também fez sua análise.
“Pode-se ver claramente que é um holograma de segurança. Nada mais que isso. Não existe nada de excepcional. O holograma não tem como interagir com o corpo humano. Não existe base técnico-científica que possa comprovar os benefícios que este produto está prometendo”

No G1:
“Na Austrália, empresa de ‘pulseira do equilíbrio’ diz não ter prova de eficácia”

Então finalmente a mágica caiu por terra. Agora é só esperar mais um produto “milagroso” que vai fazer a cabeça dos mais ingênuos.